sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Antídotos aos tubarões de prontidão

 
Edu: Falávamos outro dia da fase aguda de aprendizado do garoto que gosta de futebol, algo entre os 6 e os 12 anos. Se imaginarmos a quantidade amazônica de moleques que, nessa faixa, batem uma bolinha nas escolas, os clubes, nos descampados e nas ruas, fica difícil entender com surgem tão poucos craques. Obviamente que existe uma seleção natural em função da qualidade, mas ainda assim é muita gente jogando futebol. Será que os craques estão por aí e o mundo do futebol é incompetente para descobrir onde?
Carles: Não tenho a menor sombra de dúvida de que os que chegam nem sempre são os melhores e que, muitas vezes, alguns ou vários dos melhores acabam ficando pelo caminho. Existe uma série de circunstâncias que não ajudam a que todos os craques em potencial se transformem em futebolistas estelares. Inclusive porque muitos não estão dispostos a enfrentar os aspectos menos amigáveis do esporte de alta competição. Além de talento, ou melhor, mais do que o talento, é necessário disposição para passar anos e anos dedicando-se ao que pode virar nada. O apoio do entorno familiar que também deve mostrar máxima disposição ao risco, é decisivo. Fui testemunha ocular de uma ou outra peneira realizada pelo Valencia em que os meninos entravam em campo e tinham que demonstrar em cinco minutos que valiam o investimento do clube. Talvez tempo mais do que suficiente para aquele craque diferente se sobressair (se não for tímido). Só que o pior é que, durante os rachões, técnicos e olheiros muitas vezes nem olham para os meninos jogando, e tudo depende do famoso QI - quem indica.
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