sábado, 12 de outubro de 2013

Repescagem para todos os gostos


ELIMINATÓRIAS – RETA FINAL
Carles: O convite para a festa do futebol em 2014 parece mesmo muito cobiçado, a ponto de criar intriga e desconfiança entre muitos dos aspirantes. Cristiano Ronaldo falava para os repórteres depois do empate contra Israel que, por via das dúvidas, não quer enfrentar a França, "é um adversário muito forte", suavizava, mas “por vários motivos, é um adversário que eu não quero", acompanhado de um olhar cheio de ironia. Não sei se foi a lembrança de Titi Henry dando uma mãozinha literal para que a França pudesse se classificar para a Copa de 2010 ou de que essa mãozinha venha agora diretamente do gabinete da presidência da UEFA. Antes do jogo contra o México, o panamenho Dely Valdez, ex-goleador de Oviedo e Málaga e atual treinador da seleção de seu país, chamava a atenção para um possível favorecimento dos mexicanos no jogo decisivo entre ambos pelo grupo da Concafaf. O México é uma espécie de Portugal do futebol americano, por mais craques que tenha, insiste em desperdiçar as chances. A próxima pode ser contra a Nova Zelândia, num jogo de repescagem. É possível que França, Portugal e México estejam entre os favoritos da corte para estar nessa festa tão especial, mesmo que persistam em querer voltar para casa na primeira fase. Isso se os europeus não se encontrarem pelo caminho e um deles fique fora, antes.
Edu: Cristiano pode ser o que for, marrento, antipático, pedantão, mas é sempre transparente, prático e direto, como costuma se portar em campo. É claro que, depois daquela tungada que tirou os irlandeses da Copa, a França perdeu a credibilidade e qualquer um tem direito a ficar desconfiado sem que ninguém conteste, muito menos a Fifa e a Uefa do senhor Platini. O mesmo vale para Dely Valdez, que sabe muito bem quanto deixaria de ser arrecadado em patrocínio, turismo, venda de ingressos e de badulaques se a fanática e numerosa torcida mexicana deixasse de comparecer a uma Copa, ainda mais no Brasil. Por via das dúvidas, é bom preparar as arbitragens, se bem que no caso panamenho pouco adiantou. E você sabe muito bem que, nesse futebol nosso de cada dia, sem uma boa intriga, a coisa não anda. Temos ainda umas poucas semanas antes da definição e principalmente na Europa o bicho vai pegar.
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