quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Todo-terreno, mas com classe


CESC E PAULINHO
Carles: Estive comparando o jogador mais elogiado e o mais criticado por você, durante estes meses de 500 aC, e cheguei à conclusão de que eles são bastante parecidos. É mais do que provável que ambos estejam no Brasil o ano que vem para jogar a Copa por suas respectivas seleções. Refiro-me ao ex-corintiano, hoje no Tottenham, Paulinho, e ao ‘culé’, ex-Arsenal, Fàbregas. Originalmente, eles cobrem a mesma (ampla) zona do gramado, tem funções defensivas e muita chegada. Todo mundo pensa que eles são volantes e outros se enganam ao considerá-los meias. Costumam aparecer por todos os lados do campo, marcam gols de perna direita, de esquerda, de cabeça e os dois lançam - pior que Xavi e melhor que Khedira. É certo que Paulinho samba melhor e tem o inconfundível jogo de cintura dos trópicos, mas, fora isso, não vejo tanta diferença para você idolatrar um e demonizar o outro.
Edu: Espero que a palavra 'demonizar' não seja levada ao pé da letra, porque só acho, sempre achei, que Cesc apenas não é tudo isso que dizem, apesar de ser bom jogador. Principalmente, não vejo Cesc essencial para o Barça, exceto em determinadas ocasiões. Ou seja, no Camp Nou é uma boa opção de banco. Há mesmo algumas semelhanças com Paulinho, mas também fundas diferenças, a começar pelo marketing. Paulinho fez sua carreira no Terceiro Mundo, levou um time de massa aos títulos continental e mundial e só agora foi para um clube médio da Europa. Cesc foi paparicado desde muito cedo no glamouroso Arsenal (onde não ganhou quase nada) e é jogador do grande Barça e da ‘Roja’. Ou seja, uma covardia. Ainda assim, há alguns pontos em comum no aspecto técnico. Mas o principal que vejo em Paulinho é o fato de fazer o time jogar, como um propulsor, com muito mais energia e precisão do que Fàbregas, que parece bastante irregular, é capaz de fazer grandes jogos e de falhar quando mais se espera dele. Paulinho - a quem tenho acompanhado bem de perto nos últimos dois anos - não falha. Mesmo quando não joga tão bem, acrescenta sempre algo em intensidade.
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