quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Antídoto para os superegos


TIMES SOLIDÁRIOS
Carles: O Atlético de Madrid do Cholo Simeone conseguiu um modelo de jogo ideal, entusiasma, atrai a atenção de torcedores, a admiração dos adversários e o próprio grupo parece contente, sem uma única voz discordante, inclusive quando o treinador decide fazer uma substituição ou qualquer mudança. Felicidade eterna? O grande mérito do Cholo, para mim, foi a capacidade de recuperar jogadores um tanto desvalorizados do elenco e dar confiança aos jovens para poder contar com cada um deles quando necessário e com máximo rendimento. Os exemplos por uma coisa e outra, são Koke, Oliver Torres, Arda Turan , Adrian e o surpreendente Raúl Garcia. Esse tipo de coisa é mais complicado nos dois grandes tendo em conta os gigantescos egos que convivem por lá. Até quando o Cholo vai conseguir conter arroubos de egocentrismo no feudo colchonero? Será mais uma vez esse o ponto fraco desse castelo de cartas que o argentino construiu com tanta habilidade?
Edu: Esses times com perfil de operariado, atraentes como coletivo e disciplinados ao extremo, sempre dão em boas coisas quando há uma liderança forte e respeitada, como a do argentino no caso do Atlético. Mesmo no futebol sul-americano, menos sistemático, temos muitos exemplos recentes bem sucedidos, como o Newell's e La 'U', sem contar os brasileiros Corinthians e Cruzeiro. Nem acho que seja um castelo de cartas, mas são fórmulas que com o tempo se desgastam, isso sim, porque se trata de um modelo bastante exigente com os jogadores e que demanda um esforço ainda maior do comando para manter a concentração e o comprometimento. Veja o Corinthians, que só descobriu que tinha um craque desequilibrante dentro de seu esquema operário depois que o perdeu - e o time veio abaixo, não só pela saída do Paulinho mas porque o discurso se esgotou. Quanto aos egos, nunca se sabe, mas não vejo ninguém tão vaidoso assim no elenco do Simeone, onde o jogador que mais se destaca é, inclusive, um centroavante que brilha pelo poder de decisão e pela imensa capacidade de concentração. O problema é mesmo o suporte que os resultados darão a um modelo tão exigente.
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