NA MIRA DA EUROPA
Edu:
No ano em que o Brasil recuperou boa parte de seu prestígio com a vitória na
Confecup, a temporada terminou com péssimas imagens, revivendo velhos
fantasmas: tapetão e violência nos estádios. Pelo jeito, vocês tampouco estão vivendo
num mar de rosas depois que a Comissão Europeia colocou em xeque o modelo
administrativo do futebol espanhol.
Carles: Faz tempo que o esporte espanhol anda na mira do resto da Europa,
provavelmente porque não se conseguiram nos gabinetes um modelo à altura da
evolução dentro dos campos de competição. Reflexo de uma sociedade que segue
valorizando mais o capital do que o “saber fazer”. Bruxelas quer saber como os
clubes espanhóis conseguiram se financiar. Curioso é que já faz mais de 10 anos
alguns, muitos, já questionávamos coisas estranhas tais como a requalificação
dos terrenos da antiga cidade esportiva do Real Madrid, então zonas não
urbanas. Com isso, o clube vendeu os terrenos a peso de ouro para poder reconstruir
um novo e moderno centro de treinamentos em Valdebebas,
até então uma zona rústica desvalorizada, e embolsar o que sobrou dessa
operação especulativa. Isso só foi possível com o favorecimento da Prefeitura
madrileña. A fórmula foi copiada por muitos outros clubes e durante muito
tempo, os fanfarrões do capital se gabaram de dar o "pelotazo”, o golpe. Diz-se até que algum eurodeputado,
torcedor e sócio do Athletic de Bilbao, fez de tudo para retardar o início das
investigações. Teme-se que o clube basco tenha que devolver parte de grana
usada para a construção do novo San Mamés.
E o presidente do Sevilla, Del Nido, foi condenado à prisão, entre outros.
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