segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Falta discutir princípios e enfrentar o ‘Tea Party’


BOM SENSO FC
Edu: No ano em que o Bom Senso FC trouxe alguma luz para uma discussão que nunca teve profundidade por aqui - a preocupação real do jogador profissional com ele mesmo -, ficou a impressão de que em alguns temas os próprios jogadores não sabem como ir adiante. Por exemplo: o jogo de valores e princípios nesse mundo competitivo da bola. Não vi ninguém se manifestar sobre essa questão, que quase sempre descamba para delírios religiosos, ou sobre estrutura familiar ou ainda em um moralismo disciplinador que beira a esquizofrenia. Você acha que é pedir demais para um jogador de futebol que se preocupe também com sua ética pessoal, sua forma de ser? Corremos o risco de cair de novo numa pregação moral estúpida?
Carles: A pergunta é complicada mas, se eu entendi bem, a resposta é simples: sim, é pedir demais. Seria inclusive pedir demais para muitos profissionais alheios a um entorno tão mercantilizado como o futebol, que dirá no seio desse poderoso instrumento de controle social. A ética é um espécime em perigo de extinção, você sabe bem, e nem dá para exigir coisas do gênero justamente de gente que, numa grande porcentagem, não teve a oportunidade de receber a preparação para ser um exemplo de convivência social, e nem para tomar decisões baseadas em valores como a solidariedade ou o coletivismo. Não mesmo. No máximo, com raras exceções, esses moços foram preparados para obter o maior proveito financeiro na hora de assinar contratos em que a outra parte está composta de vorazes empresários e representantes de poderosas marcas multinacionais. Respondi?
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