domingo, 16 de fevereiro de 2014

De Brejinho à Arena da Baixada


NO PAÍS DA COPA
Carles: Justo na semana em que um dos estádios brasileiros destinados a receber jogos da Copa (no que La Roja poderia decidir a sua sorte) sofre com a ameaça de ser excluído, leio uma das histórias que o ex-correspondente do “The Guardian” no Brasil, Alex Bellos, incluiu no seu livro “Futebol, Brasil y el deporte que le da vida”, lançado pela editora Ariel. El pueblo del estadio gigante” trata da cidadezinha pernambucana de Brejinho, de 3.000 habitantes, com problemas de abastecimento, que não tem um mercado municipal, mas que desde 1993 tem um estádio para 10.000 pagantes. Desde sua inauguração, só recebeu um jogo com cobrança de entradas. O estádio Doutor Antônio Alves de Lima, ou 'Tonhão',  é uma obra de arte de ser populista?
Edu: A história é atraente, singela e significativa, o britânico Alex Bellos viveu aqui, sentiu a paixão pelo futebol de perto e ficou seduzido por contar a saga do 'Tonhão', dentre as muitas passagens do seu livro. Mas, antes que a gente prossiga, é bom fazer algumas ressalvas. O estádio nunca chegou a ser concluído com essa capacidade, passou por uma reforma porque estava em péssimo estado no ano passado, mas não cabem ali mais de 3500 ou 4 mil pessoas. E a população chega hoje a oito mil. Não importa, porque não anula a proposta do livro, que foi concluído em 2002 e recebeu o prêmio de 'book of the year' de esportes na Inglaterra. Um pouco da proposta de Bellos ainda está bastante viva: o significado de um estádio de futebol para a cultura local, como forma de arregimentar e mobilizar as pessoas. Só não é o caso dos grandes estádios construídos para a Copa, muito mais uma exigência do mundo dos espetáculos esportivos que outra coisa. E o episódio de Curitiba também é significativo, porque desde o princípio, há cinco ou seis anos, o Atlético Paranaense teve dúvidas se queria ou não queria receber a Copa e essa hesitação refletiu agora. Mas parece que, no último momento, os governos estão se acertando para que a Arena da Baixada receba a Roja, apesar de a Fifa ter um plano B.
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