OS 32 DA COPA (10)
Carles: Quando a última Confecup acabou, tive a sensação de que as
circunstâncias tinham nos aproximado um pouco mais ao nosso então carrasco,
pela semelhança com a ardida derrota da Seleção Brasileira para a França em
Saint Denis, na final da Copa de 1998. Aliás, aquela foi uma das raras seleções
francesas com o tal espírito competitivo, confirmado dois anos depois com a
conquista da Eurocopa e, desta vez, para
tirar toda sombra de dúvida e/ou suspeita, foi fora de casa, na Holanda, e com uma empolgante virada na final em cima
dos italianos, com o gol de empate nos descontos e o da vitória na prorrogação,
autoria do franco-argentino Trezeguet.
Edu: A França é um desses raros países cujo futebol tinha
todos os elementos para ser atraente e angariar simpatias, mas por diversas
razões não emplaca em matéria de popularidade. Não sei se é por falta de um
estilo, ou pela tradicional petulância francesa no panorama político, ou ainda
pela falta de identidade de muitos de seus jogadores. Deve ser por tudo isso e
mais um pouco. Mesmo assim, convenhamos, é um time que tem menos respeito do
que merece se fôssemos pensar só na questão técnica e na qualidade dos
jogadores.
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