segunda-feira, 21 de abril de 2014

Do Magreb, futebol com o selo da dignidade

OS 32 DA COPA (18)

Carles: Se tem um participante da próxima Copa que ganhou o direito a ser chamado de o país do futebol, esse é a Argélia. Pouca gente diria que um país com escassos troféus nas vitrines da sua federação como este  tem a sua história de independência tão diretamente ligada a esse esporte. Tudo porque um dia, depois de quase 130 anos de submissão à França, os seus principais jogadores, Mekhlouf, Zitouni, Sais Brahmi, Mokhtar Arribi, Adelhamid Kermali, militantes dos principais clubes franceses, resolveram se rebelar para formar seu particular exército, com a bola como única arma, para se somar à causa independentista.

Edu: Foi a célebre Seleção da FLN, a Frente de Libertação Nacional. A rapaziada circulou pelo mundo, fez mais de 90 jogos com a camisa da FLN entre o fim dos anos 50 e o início dos 60, jogando por amor à causa da independência em países que eram simpáticos ao processo de autonomia em relação à França. O grande líder do time era Rachid Mekhloufi, jogador que levou o Saint Étienne ao primeiro título de sua história e que, quando foi convocado pela França para disputar a Copa de 1958, já que tinha a nacionalidade, preferiu se juntar aos amigos que defenderiam as raízes. Mekhloufi, capitão do time, e essa turma toda são vistos como cofundadores da Argélia independente. Ali o futebol sempre foi politizado.

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