OS 32 DA COPA (21)
Edu: A apatia em que se transformou o futebol russo
depois da dissolução da União Soviética ainda está pendente de uma
justificativa histórica. Há mais dinheiro nos clubes, o campeonato mais curto é
melhor organizado, as outras ligas europeias já não conseguem importar tantos
jogadores, mas nas últimas duas décadas – exceto pela conquista da Copa da Uefa
pelo Zenit em 2007/2008 –, os grandes times sumiram da cena principal, os
estádios estão vazios e nenhum jogador verdadeiramente empolgante surgiu. A
seleção tem sido uma sombra do que foi nos tempos em que os Dínamos, de Moscou
e de Kiev, formavam autênticos esquadrões.
Carles: Depois de uma fase de
deslumbramento, com grandes investimentos à sombra do espólio das megaempresas
estatais soviéticas, o futebol russo parece seguir buscando uma fórmula entre o
mercado importador, como o daquela forte equipe do Zenit campeão da Uefa e o
modelo produtor de talentos, inclusive criando alguns impostos sobre
contratações estrangeiras e revertidos para o futebol de base.
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