OPORTUNISMO E OUTROS BICHOS
Carles: As notícias sobre a outra Copa, a disputa política que usa o torneio
de futebol para fazer campanha contra e a favor do governo, chegam aqui
incompletas e parciais, aliás, como não poderia ser diferente. A última foi
sobre a decisão de o cidadão Ronaldo Nazário finalmente mudar de posição. É
porque está fora de forma para jogar na ponta do ataque, porque gostou da
história de trocar a camisa com o rival como aconteceu com Inter e Milan, Barça
e Madrid ou a intenção é confirmar a tradição dos grandes artilheiros
brasileiros depois de aposentados dos gramados, de recuperar o tempo perdido e
não dar uma bola dentro?
Edu:
O cidadão Nazário tem todo o direito de mudar de posição quantas vezes quiser,
o que só interessa a ele e à turma dele. Depois, que responda por isso. A vida
dos outros brasileiros não vai ficar mais ou menos enriquecida por causa de seu
conjunto de ideias. O problema é outro. Ficamos tanto tempo pregando em favor
da politização dos jogadores de futebol, normalmente uma classe que vive num
universo paralelo, e agora me aparece um ídolo nacional (ou ex) que acaba de
ganhar o Nobel do Oportunismo. Andou pelo mundo, sugou o que pôde, fez sua RP
particular como empresário, tudo em cima do governo e da Copa. E aos 45 minutos
do segundo tempo solta um pé no traseiro do governo e diz que apoia Aécio
Neves, seu amigo “de noite e de dia” segundo suas próprias palavras ao jornal ‘Valor
Econômico’. Certamente os jornais daí manchetaram que Ronaldo disse se
envergonhar dos atrasos na Copa, mas pouca gente destacou as razões reais da
guinada ideológica (?) a estas alturas.
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