segunda-feira, 7 de julho de 2014

Ídolos, interesses e futebol de essência


ENTRE OS MELHORES DE HOJE E OS MELHORES DE SEMPRE
Carles: Talvez Alfredo Di Stefano seja pouco conhecido principalmente pelas novas gerações no Brasil, mas antes que a discussão sobre o melhor jogador da história fosse entre adeptos de Pelé e Maradona, ele os debates já se dividiam entre o brasileiro e Don Alfredo, la saeta rubia, como era conhecido esse hispano-argentino que morreu hoje aos 88 anos e que liderou o Real Madrid nas décadas 1950-60, campeão de nove Ligas, cinco Copas de Europa - a atual Champions - e uma Intercontinental. De onde vem essa necessidade de escolher sempre o melhor jogador em um esporte coletivo, em que os resultados já premiam com critérios bem mais objetivos, as equipes campeãs?
Edu: Desde que existem ídolos, e faz tempo. É o tipo da necessidade sadia, na minha visão, o esporte vive disso também, de espelhos, de referências - é um clichê do qual não vamos escapar porque o admirador de esportes pede isso. O que é um recordista? Trata-se de um sujeito especial, que faz muito mais do que a maioria. E, de certa forma, no futebol é um padrão que alimenta o maior dos anabolizantes, a rivalidade. Estaríamos falando até hoje de Pelé e Maradona, ou de Messi e Neymar, se não existisse o contraponto histórico entre Brasil e Argentina? Além de tudo é um prêmio. Ser escolhido melhor em alguma coisa é o que move várias atividades humanas e não significa que o resto da humanidade saia derrotada.
Leia mais [+]

Nenhum comentário: