sábado, 31 de maio de 2014

Del Bosque confirma Diego Costa e preserva a família


LISTA DA ESPANHA
Edu: Del Bosque não poderia ter sido mais família do que foi. Preservou todos os ameaçados do meio de campo e manteve os veteranos pilares do ataque. Só faltou incluir Arbeloa e Capdevilla para continuar o convescote da África do Sul.
Carles: Sem dúvida foi o critério e isso dá conta das parcas pretensões de conseguir o bicampeonato, chame-se pessimismo ou realismo. Levar Villa e Torres, nas atuais condições de ambos, cheira mais a homenagem que a competição.
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sexta-feira, 30 de maio de 2014

A campeã do mundo ainda busca sua poção mágica

 
AMISTOSOS PRÉ-COPA
Edu: Joguinho mequetrefe. Quem já está não vai por o pé e quem precisa por o pé para mostrar alguma coisa, também não põe com medo de uma lesão que definiria uma provável dúvida. Ou seja, foi só uma noite agradável em Sevilha. Ajude, portanto, o Marquês a decidir: Torres ou Villa? Negredo tem chance? Três laterais para sobrar uma vaga no meio? Cazorla ou Mata?
Carles: Talvez seja a proximidade física ou, quem sabe, cultural, mas eu entendi o que o nobre dos Nabos pretendeu deste do jogo: examinar os aspirantes. Pelo menos do time que começou, tentar observar e dar chance aos pretendentes. Obviamente que a questão não era arrebentar porque nem é hora, nem o adversário, ou melhor, sparring, se prestava a isso. A observação era de atitude, capacidade de assimilação tática e posicionamento. E, surpresa, todos os aspirantes aprovaram, para esta ou para as eliminatórias do Eurocopa, então, com ou sem Del Bosque. Se eu fosse Cazorla, ligaria para Londres e pediria para alguém olhar a data de validade do passaporte, porque vai precisar. Já Mata… depende mais do reconhecimento da família Del Bosque aos serviços prestados que, acredito, não vai ser decisiva.
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quinta-feira, 29 de maio de 2014


“Brigam Espanha e Holanda pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas que nele sabem voar
Brigam Espanha e Holanda pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Por que não sabem que o mar é de quem o sabe amar.”

Carles: Num doce tom de denúncia, a bela poesia da não menos Leila Diniz, “Um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco”, é só um pouquinho injusta pela generalista visão do primeiro mundo quanto ao desapego ao entorno. Os povos da Espanha, sobretudo os do norte da península, estão muito ligados laboral e afetivamente ao mar, com o que travam uma batalha de vida ou morte, pela subsistência e às vezes para conseguir sobreviver frente a sua braveza. Premonitória, entretanto, quanto à condena de holandeses e espanhóis perseguirem seu destino de domínio, quem diria, no campo de jogo.
Edu: A poesia, musicada por Milton Nascimento, também coloca o Brasil em meio a essa batalha, daí talvez essa visão sobre o primeiro mundo, em função da ocupação holandesa no Nordeste, no século XVII, mais um ingrediente na refrega além-mar que deixou marcas culturais e sociais profundas em várias cidades, de Salvador a Recife. Até a Insurreição Pernambucana que fechou o ciclo em 1654, depois dos tempos de relativa harmonia e prosperidade sob a tutela de um certo Johan Maurits van Nassau-Siegen, aqui chamado João Maurício de Nassau, apelidado ‘O Brasileiro’.

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http://blogs.estadao.com.br/500copa/um-general-alguns-craques-e-muitas-duvidas-e-a-holanda/

terça-feira, 27 de maio de 2014

As transições de Aragonés, Klinsmann e... Dunga


RISCO OU CAUTELA?
Carles: Quando surgiu a notícia de que o selecionador estadunidense Jürgen Klinsmann tinha decidido não levar o Capitão América Landon Donavan ao Brasil, na mesma hora pensei no "efeito Raúl" - quando Luis Aragonés abriu mão do então buque insígnia, ou carro-chefe, para a disputa da Eurocopa 2008. Foi então que começou a história moderna de La Roja e os três títulos de máxima importância internacional seguidos.
Edu: Não sei se o perfil de Donovan bate com o de Raúlzito, me parece que não. Mas está claro que Klinsmann mandou uma mensagem a favor da ruptura com os antigos donos do soccer, jogadores mais experientes que os americanos chamam de 'vacas sagradas'. Landon Donovan e o alemão nunca se deram bem e o camisa 10, jogador mais valorizado do país mesmo aos 32 anos, não se mostrou muito disposto a mudar de hábitos e servir de farol para os mais novos. Como tinha feito com alguns figurões da Alemanha em 2006, Klinsmann não teve dúvida e rifou o sujeito. Se bem me lembro, na Roja, Aragonés tinha que mexer nos parâmetros também, mas não por problemas pessoais ou disciplinares com Raúl, certo?
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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Sobre ronaldos e romários


OPORTUNISMO E OUTROS BICHOS
Carles: As notícias sobre a outra Copa, a disputa política que usa o torneio de futebol para fazer campanha contra e a favor do governo, chegam aqui incompletas e parciais, aliás, como não poderia ser diferente. A última foi sobre a decisão de o cidadão Ronaldo Nazário finalmente mudar de posição. É porque está fora de forma para jogar na ponta do ataque, porque gostou da história de trocar a camisa com o rival como aconteceu com Inter e Milan, Barça e Madrid ou a intenção é confirmar a tradição dos grandes artilheiros brasileiros depois de aposentados dos gramados, de recuperar o tempo perdido e não dar uma bola dentro?
Edu: O cidadão Nazário tem todo o direito de mudar de posição quantas vezes quiser, o que só interessa a ele e à turma dele. Depois, que responda por isso. A vida dos outros brasileiros não vai ficar mais ou menos enriquecida por causa de seu conjunto de ideias. O problema é outro. Ficamos tanto tempo pregando em favor da politização dos jogadores de futebol, normalmente uma classe que vive num universo paralelo, e agora me aparece um ídolo nacional (ou ex) que acaba de ganhar o Nobel do Oportunismo. Andou pelo mundo, sugou o que pôde, fez sua RP particular como empresário, tudo em cima do governo e da Copa. E aos 45 minutos do segundo tempo solta um pé no traseiro do governo e diz que apoia Aécio Neves, seu amigo “de noite e de dia” segundo suas próprias palavras ao jornal ‘Valor Econômico’. Certamente os jornais daí manchetaram que Ronaldo disse se envergonhar dos atrasos na Copa, mas pouca gente destacou as razões reais da guinada ideológica (?) a estas alturas.
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domingo, 25 de maio de 2014

Desacreditado e ‘abstêmio’, o México não tem nada a perder


OS 32 DA COPA (28)
Carles: Uma seleção sem vícios, que não bebe, não fuma, não pratica sexo… será que não joga também? Parece inevitável a piadinha em cima da notícia das proibições do técnico Miguel “El Piojo” Herrera.
Edu: Herrera foi chamado pela Federação Mexicana de Fútbol numa emergência para tentar classificar a seleção que estava sob altíssimo risco de ficar fora da Copa. Depois da conquista da vaga, o técnico ficou meio estufado, andou provocando os desafetos e jogadores que ficaram de fora e criticaram a seleção. Ganhou moral com a chefia e agora me veio com essa, dizendo que no alto profissionalismo não se pode negligenciar o trabalho em função de outros prazeres e que ninguém vai morrer por ficar duas ou três semanas sem sexo.
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sábado, 24 de maio de 2014

¡Diez veces, sí señor!


REAL MADRID CAMPEÃO
Edu: Três motivos para La Décima: fortaleza mental, peso da camisa e variação de estratégia, não necessariamente nessa ordem. Uma decisão se ganha assim.
Carles: Não tenho certeza se vimos o mesmo jogo. Ou sim, porque é verdade que faltou fortaleza mental ao Atlético durante os 5 minutos finais do tempo normal, mais os 3 de descontos e os 2 inventados por Kuipers. Um castigo muito rigoroso, apesar de imperdoável. E olha que o Cholo gritava para o time sair da cova, mas parece inevitável para 99% dos times do mundo, nessas circunstâncias. Suficiente para tomar o empate, de cabeça, a primeira que o ataque (o zagueiro Ramos, na verdade) do Madrid ganhava por cima e justo quando os rojiblancos tinham três centrais em campo. Agora, o peso da camisa foi fundamental. Um alívio para Florentino e Josemari, flagrados comemorando o gol na tribuna. A variação estratégica, eu preciso que você me explique.
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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Madrid leva a Lisboa 110 anos de orgulho e rivalidade


FINAL DE CHAMPIONS
Edu: Decisão de Champions em Lisboa travestida de Madrid. Durante as últimas três semanas ficou evidente que a preocupação dos dois rivais da capital era jogar a pressão para a casa alheia. Nos últimos dias, porém, o Real Madrid assumiu essa pressão, tanto que uma pesquisa do jornal mais madrileño do planeta, o Marca, apontou que para quase 90% dos torcedores não ganhar 'La Décima' será um fracasso, não importa que do outro esteja o campeão da Liga. Quem vai para a final com mais apetite, o gigante milionário que não suportaria o tamanho da frustração, ou o vizinho modesto e batalhador, que, em tese, já teve sua missão cumprida na temporada mas pode chegar ao paraíso?
Carles: Já comentei outro dia que, provavelmente, a tendência é de que Cholo and fellas considerem o dever cumprido e isso pode significar o relaxamento que permite jogarem tranquilos, sem demasiado peso nas costas ou nas pernas. Mas também tem o risco de tirar-lhes algo de ambição. Contudo, se a lição das ganas totais, do jogo a jogo estiver bem aprendida, eles podem surpreender e jogar mais este como se fosse o último das suas vidas, e assim, o próximo… e o próximo… Do outro lado, é até compreensível essa sensação endogâmica, indiferente aos pares, acostumado a relacionar o sucesso ou fracasso somente ao próprio desempenho sem ter em conta o bem fazer dos outros. Normal em quem está acostumado a uma vida de relação com o poder. Mas também tem outro dito popular que avisa: quanto mais alto, mais forte o tombo. É assim, se não me engano, não?
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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Na trajetória chilena, uma saga de orgulho e resistência


OS 32 DA COPA (27) – GRUPO B
Carles: Em um filme dirigido pelo chileno Andrés Wood, "Historias de Fútbol", de 1997, Pancho, um fanático torcedor de La Roja (segundo os chilenos, a verdadeira) está retido na ilha de Chiloé justo no dia em que a sua seleção enfrenta os poderosos alemães na Copa do Mundo. Só existe um aparelho no local e conseguir o sinal de televisão é puro milagre. Além do mais o aparelho é de duas irmãs solteironas que em troca pretendem um jogo muito mais íntimo com o rapaz, desesperado por ver o jogo. Na cena final, os habitantes do vilarejo em meio a uma tempestade, conseguem ver fragmentos da partida, em que Rummenigge celebra um gol por baixo do corpo de Mario Osbén, então goleiro do ColoColo, time de Panchito. A sequência final alterna a tentativa de sedução de uma das irmãs com as estocadas da seleção chilena. O desfecho é até previsível com coincidências de ambos clímax. Um golaço de Gustavo Moscoso que inclui uma bola no meio das canetas de um adversário desencadeia uma das famosas narrações épicas e nacionalistas do continente, sobretudo naqueles tempos. No filme, o narrador, inflamado, chega a dizer que o Chile ganha o jogo e segue à frente no torneio, quando na verdade no enredo do filme corresponderia ao empate e na realidade, foi o gol de honra na derrota por 4 a 1 na Copa de 1982. Mais uma farsa com valor simbólico de tempos em que a especialidade era vender ilusão entre os massacrados pelos caudilhos latino-americanos?
Edu: O Chile é uma das nações com maior consciência cidadã da América Latina, tem uma sina de estar sempre batalhando pela própria felicidade, independente do que aconteça nos vizinhos do Cone Sul, ou mais ricos ou mais democráticos, dependendo da etapa histórica. Não importa, os chilenos têm uma lucidez plena de seu papel social e mesmo quando os mefistos estiveram no poder - em especial o maior de todos - nunca esmoreceram. No futebol, a sina é correr atrás de argentinos, brasileiros e uruguaios, uma luta insana para estar na ribalta da América do Sul. Mas em matéria de beleza natural, tradição e riqueza histórica, gastronômica e cultural não devem nada a ninguém, bem ao contrário.
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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Segurança mal resolvida e os alertas de sempre

 
POR DENTRO DA COPA
Edu: Um tema que comentamos aqui num de nossos primeiros posts foi a questão da segurança durante a Copa. Segurança das seleções e especialmente do torcedor. Lembro que ressaltamos que quase tudo era contornável, inclusive problemas ocasionais nos aeroportos, no trânsito, nos estádios ou nos hotéis. Mas que segurança era vital e precisaria beirar à perfeição. Ocorre que só nas últimas semanas o pessoal da organização, Fifa incluída, atentou de verdade para isso e agora está correndo atrás com um certo desespero. A percepção que vocês têm daí ainda é a pior possível nesse quesito?
Carles: A pior, como sempre. Mas isso já é habitual. Com algo de motivo porque é uma questão ainda pendente no Brasil, mas muito pelo sensacionalismo que esse tipo de notícia gera na informação diária, essa tão ao estilo ‘copy and paste’, com enorme efeito e de baixo custo para o empresário da comunicação, já que pode até ser feita pelos estagiários, com todo meu respeito a eles.
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terça-feira, 20 de maio de 2014

Vida dura para Neymar com o novo chefe no Barça

 
MUDANÇAS NO CAMP NOU
Edu: Com Luis Enrique, um conhecedor como poucos das entranhas do Camp Nou e, pelo que sabemos, disposto a uma profunda renovação, o que será do Barça? Ou melhor ainda: o que será de Neymar?
Carles: Entendo que a renovação "profunda" é uma encomenda da diretoria que necessita um lavado de cara urgente. A mudança profunda (ou ruptura com o passado recente) na verdade, já aconteceu, inclusive com a contratação de um treinador, o Tata, que não só não tinha conhecimento das entranhas do Braça, como desconhecia completamente o futebol europeu.
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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Leões Indomáveis, em campo e na vida


OS 32 DA COPA (26) – GRUPO A
Carles: Dois camaroneses tiveram especial destaque neste fim de reta europeia: Stépahne M’Bia que meteu o time dele, o Sevilla, na final da Europe League com um gol aos 94 minutos e o velho e bom Samu Eto’o, que chamou Mourinho de tonto. Essas duas figuras vão enfrentar o Brasil.
Edu: Poucas nações africanas são tão ‘futebolísticas’ quanto a República de Camarões e ainda menos nações possuem tantas características comuns aos vizinhos de continente quanto este grande território na área central ocidental – não à toa chamado de Míni África.
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domingo, 18 de maio de 2014

Craques de sobra, ousadia nem tanto


A COPA DO PRAGMATISMO
Edu: Vai ser uma Copa de toque de bola ou de verticalização? De controle de ritmo ou de velocidade?  De cautela ou de ousadia?
Carles:La duda ofende’. É a Copa com os melhores roteiristas de todos os tempos que se esmeraram em ter todos os grandes, todos os campeões da história, têm os uatsapes e essemeesses diários de Jérôme e Joseph para que as estrelas não entrem em divididas, que passem o maior tempo possível no estaleiro. Tem tudo para ser um torneio vistoso, bem jogado…
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sábado, 17 de maio de 2014

Atlético rompe com o bipartidarismo dos poderosos


NOVO CAMPEÃO ESPANHOL
Edu: Aconteceu... Existe vida sem bipartidarismo no futebol espanhol. E como disse Andrés Iniesta depois do título do Atlético, ‘muitas coisas se acabaram’ nesta tarde no Camp Nou. Foi um desabafo por uma temporada decepcionante para o Barça, mas não deixa de sinalizar uma necessidade de reciclar, renascer. Talvez uma mudança de filosofia que pode afetar a própria Liga das Estrelas daqui por diante, graças à postura do novo campeão. É isso?
Carles: E se o repórter forçasse a barra um pouquinho, com algo de sutileza (sei que é pedir demais), Andrés acabaria entregando tudo, esteve a ponto, tinha vontade de falar mal da zona defensiva do time, da estratégia… vejam vocês a que ponto está o ambiente nesse Barça, Iniesta a ponto de meter a boca no trombone!!!! Quanto ao novo campeão, provavelmente é uma desses modelos com data de vencimento, porque exige trabalho incessante, difícil de manter. Diego Costa chega ao final de temporada muito além do seu limite. Duvido que esse Atleti campeão comece a nova temporada no mesmo ritmo, inclusive pela sua mudança de status. Em compensação, é um exemplo, um incontestável modelo a seguir pelos menos grandes.
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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Do berço do WikiLeaks, o patinho feio no caminho da Espanha


OS 32 DA COPA (25) - GRUPO B
Carles: Outro dia, durante um acalorado debate sobre qual seria o maior nome australiano a vestir a camisa da seleção de futebol, foi inevitável surgirem os nomes de Viduka e Kewell - para os fãs do Pro Evolution Soccer ‘02 -, do ex-rojillo Aloisi ou o do já veterano meio-campista artilheiro Tim Cahill. Sem chance, a escolha recaiu sobre um famoso australiano que recentemente vestiu a camisa canarinho: Julian Assange. Será que, depois da Copa, a Austrália vai deixar de ser conhecida no Brasil só por ser terra dos cangurus, do bumerangue e do homem WikiLeaks?
Edu: No futebol eles já têm um título: o de o país que mais vezes disputou repescagens na vida.  Só na Copa de 1994 foram duas, contra Canadá e Argentina, e ficaram de fora, claro. Assange é fã declarado de futebol, como o australiano em geral. Aquela é uma nação essencialmente esportiva e tem sido um mistério entender a lenta evolução técnica no futebol, ainda mais com raízes tão britânicas. Só a concorrência do rugby não justifica. Chegam apenas a sua terceira Copa, a segunda seguida, o que pode ser um bom sinal, desde que o bilionário Frank Lowy, um investidor mundial em redes de shoppings centers, assumiu a Federação Australiana há pouco mais de uma década e deu uma repaginada no campeonato local. Mesmo assim, a Austrália será um dos patinhos mais feios da Copa - e total café com leite no grupo dos campeões mundiais.
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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Vale-tudo nos bastidores às vésperas da decisão


LIGA DE LAS ESTRELLAS
Carles: Neymar põe os pés no gramado do Camp Nou às 18 horas do próximo sábado?
Edu: Para jogar, não. Talvez fique no banco, uma encenação básica. Por mais que o Barça esteja em um momento delicado, seria uma irresponsabilidade geral fazer entrar numa decisão alguém que não treina duro há mais de três semanas. Neymar não ajudaria em nada.
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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Na final dos simbolismos, Benfica não supera sua maldição

 
SEVILLA CAMPEÃO
Edu: Turim é tida pelos italianos e por místicos do mundo todo como a cidade dos feitiços, da cabala, dos mistérios, e, a partir de agora, com a ressurreição de Béla Guttmann, será também a cidade das maldições para os portugueses do Benfica. Mas o Sevilla não tem nada com isso e foi campeão da Europa League com um herói português. Requintes de crueldade.
Carles: O consolo do Benfica é já ter cumprido 52 anos da pena. Só faltam 48. Um jogo cheio de simbolismos, com dois portugueses para cada lado nas escalações iniciais e outra vez um Benfica melhor e mais incisivo durante os 120 minutos, insuficiente para evitar a maldição de Guttmann, o húngaro que teria introduzido o 4-2-4 no Brasil e que treinava o São Paulo campeão paulista em 1957. Depois disso, veio a famosa fila de títulos para o tricolor que só voltou a ser campeão com aquele timaço dos anos 70 (deve ter sido uma praga das pequenininhas). E por falar em brasileiros, para variar, em grande legião do lado luso…
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terça-feira, 13 de maio de 2014

Del Bosque preserva a família mas terá que cortar na carne

 
OS 30 DA ESPANHA
Edu: Como bom paizão que é, Marquês Del Bosque não quis magoar ninguém e saiu logo com uma lista de 30 para alegrar o mês de maio da rapaziada. Só tirou do caminho Álvaro Arbeloa, mas aí era uma questão de estado, porque a Espanha já não tinha mais estômago para o lateral que arrumou encrenca com meio mundo a já tinha sido enterrado naquela tarde de junho do ano passado, no Maracanã, quando foi substituído no meio-tempo, depois de ser operado por Neymar. Alguma injustiça na relação oficial de La Roja?
Carles: A palavra mais soada por aqui hoje é "natural". Seu amigo e ex brilhante jornalista Santiago Segurola, inclusive. Não deixa de ser uma boa definição para a lista que segue um protocolo em que, salvo decepções rotundas, os jogadores vão passando por todos os escalões, pelas diversas divisões, vão conhecendo e vão sendo conhecidos. Claro que como o gargalo vai fechando, muitos vão ficando pelo caminho. Injustiças? Provavelmente muitas. Nem sempre o jogador que se destaca no clube, repete desempenho na seleção. O Atleti e o Bilbao são provavelmente os times que mais cresceram esta temporada e as listas de Del Bosque refletem isso. Com Iturraspe entre os 30, o selecionador mandou um recado de reconhecimento a Lezama. Mesmo assim, em Bilbao, seguramente dirão que faltou Iraola, Susaeta, Muniaim, Ander Herrera e até quem reclamasse a presença de Aduriz. E esse é só um dos exemplos.
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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Os ‘hermanos’ têm um certo Leo Messi. Precisa mais?

 
OS 32 DA COPA (24)
Edu: O brasileiro parece ter se acostumado de tal forma com a decantada rivalidade com os hermanos que hoje se tornou um enfrentamento natural, quase só baseado nas gozações mútuas. Há tempos não se vê, exceto em jogos da Libertadores, alguma tensão especial nas partidas entre brasileiros e argentinos, até porque quase todos os jogadores convivem pacificamente por seus clubes europeus. Mas teremos uma Copa do Mundo e aí a coisa pega. Aqui como aí, não há quem não inclua Leo Messi e companhia entre os quatro favoritos, certo?
Carles: E para alguns, o principal favorito. Exagero? Talvez, mas por várias razões a Argentina pode ter todo esse favoritismo justificado porque é um time com alguns jogadores brilhantes do meio para a frente, uma geração que ganhou quase tudo nas categorias de base, joga pertinho de casa e enfrenta um grupo relativamente fácil, talvez o mais fácil de todos e, portanto, pode chegar mais descansada às fases decisivas. Mas todos sabemos que isso tudo é um monte de teoria que, na prática, poucas vezes se confirma. Principalmente em Copa do Mundo.
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domingo, 11 de maio de 2014

Uma Liga que ninguém quer e tensão pré-Lisboa


FINAIS DE INFARTO
Carles: A um mês do inicio da Copa, os sul-americanos Pellegrini, Luis Suárez e Simeone (e em outra ordem de coisas, também o Tata) são os principais protagonistas das duas retas finais dos campeonatos mais seguidas e emocionantes do planeta futebol. E tudo isso no coração da Europa. Premonitório?
Edu: Sul-americanos no topo? Não acho que seja o caso. Simeone montou um time europeu até a raiz e Pellegrini está há tanto tempo por aí que já se tornou um treinador universal. Suárez talvez seja um representante autêntico do Cone Sul, mas o fato de ter fracassado na reta final também comprova as teses sobre inconstância que perseguem o pessoal do lado de cá. Também temos Carlitos Tevez artilheiro e campeão na Itália e uma brigada sul-americana campeã na França. Mas não acho que signifique a vitória de um estilo ou uma antevisão da Copa. Talvez seja até o contrário, os sul-americanos é que estão cada vez mais europeus.
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